TIRANDO PROVEITO DA CRISE:

Pedro Martins Parreira – Mestre em Economia de Empresas e Diretor da Parcon Consultoria Empresarial

Em primeiro lugar vale lembrar que nos momentos de fartura as chamadas “zonas de conforto” se multiplicam e florescem em todos os níveis: pessoal, organizacional e na macroeconomia. Em decorrência disto as gorduras, desperdícios, processos decadentes, falta de controles, etc. são comuns nesta situação.
Também não podemos nos esquecer de que é nos momentos de crise que surgem as melhores oportunidades de crescimento para as pessoas, organizações e países. Inovar e transformar a crise em oportunidade é uma característica das empresas criativas.
É preciso atitude! Não basta querer, tem de fazer!
O grande perigo é sair cortando custos e despesas de forma linear e aleatória, pois, a conta com certeza vai ficar bem mais cara.
Aqui vão algumas dicas para as empresas superarem a crise e crescerem com sustentabilidade:

PRIMEIRO: CONHEÇA OS NÚMEROS DA SUA EMPRESA
Faça uma Análise Gerencial da sua empresa:
• Avaliando as margens de contribuição deixadas em cada produto ou serviço, em cada cliente, em cada segmento, em cada canal de vendas;
• Avalie os custos e despesas de cada setor: contratos fixos, folha de pagamento, energia elétrica, telefone, etc.;
• Reveja a opção tributária da empresa;
• Reveja os gastos com marketing e desenvolvimento de produtos;
• Reveja os processos operacionais: vendas, logística, produção, distribuição, etc.
• Outros
Faça uma Análise do Fluxo de Caixa:
• Entradas e saídas de recursos operacionais (prazos recebidos e concedidos);
• Entradas e saídas não operacionais (financiamentos, investimentos, etc);
• Avalie os níveis de estoques;
• Descubra qual é o gatilho de compras da empresa;
• Necessidades de capital de giro;
• Outros

SEGUNDO: ELENCAR AS MEDIDAS A SEREM TOMADAS
Elabore os Planos de Ação
Uma Análise Gerencial bem elaborada vai dar todos os subsídios necessários para que a empresa possa elaborar os Planos de Ação que vão orientar os seus rumos não só no curto prazo, mas no médio e longo prazo.
Assim, de um lado são consideradas todas as oportunidades de redução de custos e despesas, e, de outro lado, todas as oportunidades de aumento de receitas: flexibilização de preços para busca de novos clientes, novos mercados, alinhamento de preços; ações para melhoria da força de vendas; etc.
O mesmo acontece com o realinhamento do fluxo de caixa: reescalonamento de dívidas e financiamentos, promoção de estoques com baixa rotatividade, renegociação de dívidas, etc.
Nos Planos de Ação são considerados itens importantes como: o que deverá ser feito, quando será feito, quem irá fazer e quanto irá custar cada medida de melhoria a ser implementada.

TERCEIRO: MONITORAMENTO
Implante Indicadores de Desempenho e Ferramentas de Gestão: em todas as áreas críticas da empresa. Elas irão permitir o estabelecimento das metas e ações de ajuste necessárias em todos os níveis organizacionais.
Acompanhe: os indicadores e resultados periodicamente e se oriente por eles para tomar as decisões que irão perpetuar a vida da sua empresa.

Finalizando, parafraseamos o criador da teoria da evolução:
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas aquele que melhor se adapta às mudanças”. (Charles Darwin)

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