Nova Regra da Justiça Gratuita: Como o Aumento de Ações Trabalhistas Pode Impactar Sua Empresa

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A recente decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) facilita o acesso à justiça gratuita, mas o que isso significa para donos de bares e restaurantes? Neste artigo, analisamos o aumento do número de processos trabalhistas, os custos adicionais com defesa jurídica e o risco de ações infundadas.

A recente decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), somada ao contexto do aumento do acesso gratuito à Justiça, apresenta desafios claros para empresários do setor de bares e restaurantes. De acordo com o novo entendimento, a justiça gratuita deve ser concedida automaticamente a trabalhadores que recebem até 40% do teto do INSS, e aqueles que ganham acima disso podem obter o benefício com uma simples declaração pessoal, sem necessidade de provas adicionais. A consequência prática dessa flexibilização é uma explosão no número de processos trabalhistas, algo que já está em curso nos últimos anos.

Desde 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou partes da Reforma Trabalhista, as ações trabalhistas voltaram a subir de forma significativa. Dados mostram um crescimento de 22% entre 2021 e 2023, e a tendência é que esse aumento se acelere ainda mais com a decisão do TST​. Para os donos de bares e restaurantes, esse cenário representa um risco real: um número maior de processos significa custos jurídicos adicionais, mais tempo gasto em litígios e, principalmente, uma pressão financeira sobre negócios que muitas vezes operam com margens de lucro reduzidas.

Além do aumento direto de processos, a decisão traz um risco adicional de judicialização indevida. A facilidade com que o benefício é concedido pode incentivar reclamações trabalhistas infundadas, já que não há mais a barreira do pagamento de honorários em caso de derrota. Advogados da área apontam que muitos trabalhadores podem ser tentados a entrar com ações exageradas ou até desconexas da realidade, visando facilitar acordos rápidos com as empresas. Esse fenômeno sobrecarrega o Judiciário, atrasa processos legítimos e cria um ambiente de insegurança jurídica para empregadores​.

Outro problema é o custo de contestação. A decisão do TST permite que as empresas questionem o pedido de justiça gratuita, mas isso exige a apresentação de provas concretas de que o trabalhador tem condições de pagar as custas do processo. Para os donos de bares e restaurantes, isso significa maior investimento em documentação, tempo e apoio jurídico. A situação se agrava porque, na prática, provar a real condição financeira de um trabalhador pode ser extremamente difícil, já que o empregador não tem acesso a informações bancárias ou outras fontes de renda do empregado​.

A consequência mais preocupante dessa conjuntura é o impacto no fluxo de caixa das empresas. O aumento de litígios trabalhistas significa gastos extras com advogados, acordos e custas judiciais, recursos que poderiam ser usados para investir no próprio negócio. Isso é especialmente crítico em um setor como o de bares e restaurantes, que já lida com alta rotatividade de funcionários, margens apertadas e uma necessidade constante de reinvestimento.

Em resumo, a nova tese do TST cria um cenário desfavorável para empresários, especialmente os que atuam em setores de alta rotatividade como bares e restaurantes. O aumento da judicialização, a dificuldade de contestar pedidos de justiça gratuita e o risco de ações infundadas colocam uma pressão adicional sobre as finanças e a operação dos negócios. Para enfrentar essa realidade, os empreendedores precisarão redobrar os cuidados com a gestão trabalhista, investir em acordos extrajudiciais sempre que possível e manter uma assessoria jurídica próxima e bem estruturada.


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